Doenças infectocontagiosas são provocadas por agentes patogênicos, como vírus e bactérias, e possuem uma rápida e fácil transmissão. A tuberculose faz parte desse grupo de doenças, sendo transmitida pelas vias aéreas e provocada, em grande parte dos casos, pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Responsável por afetar prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas, a tuberculose atinge cerca de 10 milhões de pessoas no mundo e ocasiona mais de um milhão óbitos anualmente (1).

A sua confirmação por parâmetros laboratoriais no Brasil segue o critério de ao menos um resultado positivo nos seguintes exames: baciloscopia de escarro, teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ou cultura (2). Esses métodos de diagnóstico são técnicas normalmente trabalhosas, com risco de contaminação ao operador ou que exigem uma estrutura especial de difícil acesso no país. Neste cenário, a dosagem da enzima Adenosina Deaminase (ADA) pode ser empregada de forma não invasiva e útil na triagem da tuberculose, por meio do método enzimático colorimétrico.

A ADA é encontrada em diversas células do corpo humano, principalmente nos linfócitos T.  O aumento na concentração de ADA está associado à ativação destes linfócitos e a sua avaliação tem grande aplicabilidade em amostras de soro, plasma e líquidos peritoneal (ascítico), pleural e cefalorraquidiano (líquor). Segundo o Ministério da Saúde, por meio do Manual de Recomendações Para o Controle da Tuberculose no Brasil, a dosagem de ADA no líquido pleural é utilizada para avaliar a pleurite tuberculosa, principalmente quando associada a outros parâmetros como idade (< 45 anos), predomínio de linfócitos (> 80%) e dosagem de proteína elevada (exsudato) (3).

A dosagem de ADA também pode ser utilizada para a avaliação de doenças hepáticas como hepatites de caráter agudo e crônico, fibrose hepática, cirrose e carcinoma hepático (4). O valor diagnóstico de ADA é especialmente aumentado quando sua dosagem é combinada com outros parâmetros, como ALT/TGP e Gama-GT (5).

A Biotécnica possui em seu portifólio o kit Adenosina Deaminase – ADA, um produto birreagente e pronto para uso, que realiza a dosagem da enzima em soro, plasma, líquido pleural e líquor. O produto pode ser utilizado em diversos analisadores do mercado. Além disso, o kit é completo por já possuir incluso o calibrador e dois níveis de controles para a realização do controle de qualidade.

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Biotecnología, al servicio de la vida.

Maria Cecília Brangioni de Paula

Referencias:

1. GOVERNO DO ESTADO (Paraná). Secretaria da Saúde. Tuberculose. Paraná, 2021. Disponível em: saude.pr.gov.br/Pagina/Tuberculose. Acesso em: 26 jun. 2021
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico de Tuberculose. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. ISBN 9352-7864.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019a. ISBN 978-85-334-2696-2.
4. Kobayashi F, Ikeda T, Marumo F, Sato C. Adenosine deaminase isoenzymes in liver disease. Am J Gastroenterol. 1993 Feb;88(2):266-71. PMID: 8424431.
5. Ungerer JP, Oosthuizen HM, Bissbort SH, Vermaak WJ. Serum adenosine deaminase: isoenzymes and diagnostic application. Clin Chem. 1992 Jul;38(7):1322-6. PMID: 1623598.
6. ADENOSINA DEAMINASE – ADA: Instrução de Uso do kit para diagnóstico in vitro. Biotécnica Indústria e Comércio LTDA, 2021. Responsável técnico Dr Gilson Sério Pizzo CRF MG – 5310.